Vida louca, louca vida!

E hoje eu me pergunto: o que é a liberdade? Será que todos sabem este conceito? Será que todos estão sabendo utiliza-la?
O que eu sei é que homens e principalmente mulheres gostam de se qualificar como pessoas que tem liberdade e enchem a boca para se gabar deste direito adquirido. Mas como ele está sendo utilizado? Qual é o preço dessa tal liberdade? Esta é a grande questão...

O que eu vejo são homens e mulheres se perdendo no caminho, deixando de lado princípios, ética, moral, tudo em nome dessa tal liberdade! É liberdade sexual, liberdade emocional, liberdade financeira, liberdade de expressão e liberdade de tudo mais que se imaginar!
Hoje as mulheres não se valorizam, saem de casa para exercer seu direito de ter liberdade: liberdade de vestir o que quiser, beber o que quiser, mostrar o que quiser e para quem quiser, beijar quem quiser e fazer o que quiser. E os homens? Não querem compromisso, estão exercendo a liberdade de escolha, uma noite é o suficiente para se satisfazer, duas noites então já é considerado zona de perigo, quase escuto uma sirene tocando em sinal de alerta, enfim NÃO querem compromisso!

Mas, isso gera um vazio tão profundo, um sentimento de solidão que dói tanto e que todos dizem não saber explicar! É simples: homens e mulheres estão se tornando pessoas egoístas, que não sabem amar, que não sabem compartilhar, que não sabem respeitar. O máximo que sabem é conviver, mas sem se envolver! A palavra de ordem é não envolver, como diz aquela música: “Cada um no seu quadrado”. Tudo isso em nome da satisfação, do prazer imediato e o amanhã? Resposta ‘correta’: Amanhã resolvemos. O mundo virou um lugar de consumismo imediato, “just in time”. Consome-se tudo, inclusive pessoas, os sentimentos ficam em outro plano, naquele inexistente.

Hoje eu vejo mulheres que gostam de ser chamadas de cachorras, potrancas, mulheres que se classificam como fruta: melancia, morango, melão, daqui uns dias chega a jaca, a carambola! Escrevendo isso até imagino uma feira com as mulheres expostas e o feirante gritando: “Olha a melancia, ‘tá’ baratinho”!
E realmente é assim, um comércio simples como uma feira, um escambo. Você me dá algo que me interessa e em troca te dou algo que te interessa. Quando não envolve sentimentos, a coisa vira um comércio, onde a moeda de barganha é o interesse financeiro, de beleza, sei lá qual se critério se usa.

E os homens?
Simplesmente não querem se envolver, olham para as mulheres como objeto de satisfação momentânea, e depois? Uai, depois nada! Até os ouço falando: “Eu disse que não queria me comprometer”, ou seja, cai fora! E aí as mulheres fingem que também não se importam, afinal elas não podem sair perdendo e estão amparadas pela sua liberdade sexual e emocional... Podem muito bem lidar com a situação!
Com esta situação a mulher sempre tem que partir do princípio que os homens não prestam e que não querem nada e os homens olham para as mulheres como se todas fossem frutas na feira, basta escolher e ainda tem direito de experimentar.

Lembro do meu pai me falando: Minha filha cuidado para você não se tornar banana na feira. Logicamente eu não entendi e pedi que me explicasse. E ele na sua franqueza e simplicidade me respondeu: Todo mundo passa, aperta, mas, ninguém leva! Um exemplo muito simples, mas válido!
E o mundo entrou nesse ciclo vicioso, onde um não presta porque o outro também não presta e tudo embasado no direito a liberdade que temos! Afinal, eu tenho o direito de fazer o que eu bem entender, sem dar satisfação para ninguém.

Os valores se perderam nesta brincadeira de fazer o que quiser, as famílias estão se acabando, afinal se não der certo se separam, se um não fizer o outro feliz (o que se procura no casamento é ser feliz e não fazer o outro feliz), se separam, porque o homem não está preocupado em fazer a mulher feliz, ele só quer saber da sua felicidade e vice-versa! Os filhos estão crescendo sem princípios, sem noção de certo e errado, afinal quem vai ensinar? Só se for a babá...

E as pessoas estão cada vez mais perdendo a noção de amor, estão se isolando no seu mundo, com suas idéias, seus problemas e não querem saber do próximo. Aquela história de “amor ao próximo” já está mais que defasada, já virou historinha de contos de fadas!
Corações estão despedaçados porque no fundo o que todos querem é atenção, carinho, se sentir protegidos, mas é preciso se convencer que isso não é preciso, afinal é possível viver sozinho, caso contrário tudo foi em vão!

As pessoas gostam de repetir o refrão: “Não sou de ninguém, eu sou de todo mundo...” E já repetiram isso tanto que se convenceram que é o melhor!

E viva a LIBERDADE!

Agora vocês me perguntam: Então você é contra a liberdade? E eu respondo: Lógico que não, ela é um direito que temos (dado por Deus), uma verdadeira benção de Deus, Ele nos deu o direito de escolha! E Ele fez isso para que possamos escolhe-lo...

O que sou contra é a forma como ela está sendo usada, o que está sendo perdido em nome de fazer o que se bem entende! As pessoas confundiram o conceito de liberdade, acham que liberdade é fazer o que der na 'teia', é não ter que dar satisfação! Quanto engano... Liberdade, na verdade, é ter todas as opções e escolher a Deus! Foi para isso que Ele nos deu esse dom... Ele não queria que fôssemos a Ele por obrigação, mas sim por ESCOLHA! Olha o que estamos fazendo deste dom! Triste, muito triste...

As pessoas estão tornando essa benção uma maldição!

Ter liberdade para mim é ter o direito de escolher, mas sempre preferir pelo certo, pelo respeito, pelo amor, pelo princípio, pelo outro, enfim por Deus! Não estou fazendo apologia a ser perfeito e sempre escolher o melhor, mas é ter a intenção!

O que eu vejo é que as pessoas plantam algo que não querem colher...

Por
Amanda S. Menezes